Paulo Melo Lopes

Psicologia e Psicoterapia

Perguntas frequentes

Porque devo procurar um psicólogo?

Todos nós passamos por momentos complexos e encontramos problemas com os quais se tornar difícil lidar. Sentimo-nos angustiados, ansiosos, com medo, inseguros, tristes, desmotivados. É provável que surjam sinais de sofrimento psicológico, por vezes acompanhados de sintomas físicos. Na maior parte das vezes, somos capazes de os ultrapassar sozinhos, mas nem sempre o conseguimos. Nesses momentos, consultar um psicólogo pode fornecer a ajuda especializada de que precisamos, num ambiente profissional e confidencial.

Justifica-se procurar um psicólogo quando se está em sofrimento ou quando os outros estão em sofrimento por causa dos nossos atos ou atitudes. Também faz sentido procurar um psicólogo para refletir sobre algum aspeto particular da vida acerca da qual precisamos de um olhar externo. As razões poderão ser múltiplas e bastante pessoais.

De uma forma muito geral, estes são alguns dos motivos que habitualmente levam as pessoas a procurarem a ajuda de um psicólogo:

 

  • Depressão
  • Dificuldades nos relacionamentos
  • Problemas emocionais
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Stress
  • Dificuldades escolares
  • Hiperatividade
  • Problemas de comportamento
  • Perturbações da personalidade
  • Perturbações alimentares
  • Problemas familiares ou conjugais
  • Fases de transição de vida (divórcio, mudança de emprego, maternidade, casamento, etc.),
  • Luto
  • Fobias
  • Problemas profissionais
  • Baixa auto-estima

Como deverão ser marcadas as consultas de Psicologia?

A primeira consulta poderá ser marcada utilizando os contactos disponibilizados no site. Caso haja lugar à marcação de sessões posteriormente, poderão ser marcadas junto do psicólogo.


Qual a duração das consultas de Psicologia?

As consultas Psicologia e as sessões de psicoterapia têm uma duração aproximada de 50 minutos. A duração das consultas de avaliação varia em função dos testes a aplicar.


A quem se destinam as consultas de Psicologia?

A todas as pessoas de todas as idades.


A psicoterapia é para mim?

A psicoterapia é adequada para si se não sente satisfação com a sua situação de vida atual e acredita que é possível melhorar.


Preciso mesmo de fazer Psicoterapia? Geralmente, consigo lidar sozinho/a com os meus problemas…

Escolher fazer psicoterapia significa escolher um profissional treinado para ajudá-lo/a numa série de questões acerca da sua vida. Não significa que não consiga lidar com as coisas sozinho/a. Apenas pode pensar que ter ajuda é melhor opção.


Como é que a Psicoterapia me pode ajudar?

  • Compreender-se a si mesmo/a, quais os seus objetivos e os seus valores;
  • Desenvolver recursos para melhorar as suas relações com os outros;
  • Abordar as questões que o/a levaram a procurar psicoterapia;
  • Aprender novas formas de lidar com o stress e com a ansiedade;
  • Aprender a gerir a raiva, a tristeza, a depressão ou outros estados emocionais;
  • Melhorar a comunicação e as capacidades para ouvir;
  • Mudar padrões de comportamento antigos e desenvolver outros novos;
  • Descobrir novas formas de resolver problemas na sua família ou casamento;
  • Melhorar a sua autoestima e aumentar a autoconfiança.

Como funciona a Psicoterapia?

De uma forma muito simples, a psicoterapia consiste numa conversa entre si e o seu psicoterapeuta sobre a sua vida e as suas preocupações. O tipo de sessões depende do seu psicoterapeuta e do estilo de psicoterapia. A abordagem que utilizo é a Psicodinâmica.

Na psicoterapia psicodinâmica as sessões não têm um plano estruturado e o foco são as relações que estabelece ao longo do tempo e a forma como essas relações o/a influenciam ou condicionam neste momento.

Qual a periodicidade das sessões de Psicoterapia?

As consultas podem ser realizadas com uma periodicidade semanal, quinzenal ou mesmo mensal. O processo é sempre feito com a participação plena da pessoa e de acordo a situação apresentada.


Qual a diferença entre um psicólogo e um psicoterapeuta?

O psicólogo é um profissional que concluiu a sua formação em Psicologia, podendo trabalhar na área clínica, organizacional ou educacional, e é membro da Ordem dos Psicólogos Portugueses. O psicoterapeuta é um psicólogo clínico com uma formação específica em Psicoterapia reconhecida pela Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Um psicólogo pode ser simultaneamente psicoterapeuta, embora nem todos os psicólogos o sejam. No meu caso, sou psicólogo especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, com especialidade avançada em Psicoterapia pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Sou, portanto, psicólogo e psicoterapeuta.

Como é que eu escolho um psicólogo?

Em primeiro lugar, pode perguntar a algum amigo de confiança ou a um profissional de saúde se podem recomendar alguém. Deve considerar o estilo do psicólogo ou do psicoterapeuta. Alguns psicoterapeutas são mais subtis, outros são mais diretos. Alguns são calados, outros são mais faladores. Alguns têm sentido de humor e são irreverentes, outros são mais conservadores.

Alguns são relutantes em divulgar informação pessoal porque pode interferir no processo terapêutico. Outros dão menos importância a isso. Eu tendo a ser interactivo e amigável. Geralmente, não me incomoda muito que façam perguntas sobre mim, embora de seguida tente mudar o foco para a pessoa.

Qual o melhor psicólogo para mim?

Idealmente, deve procurar um psicólogo com o qual sinta um "clique", embora seja sensato esperar algumas sessões até decidir se isso efetivamente acontece. Se algo não está a funcionar consigo, diga-o. O seu psicólogo poderá ajustar-se às suas necessidades.


Como é que sei que a Psicoterapia está a funcionar?

Essa é uma excelente pergunta para fazer ao seu psicoterapeuta, já que é muito complicado responder de uma forma generalista. No entanto, eis algumas coisas que deve considerar.


1 - Como funciona o processo


Insight – pode começar a questionar coisas que dava como adquiridas. Pode reparar que algumas experiências na sua vida e as reações que tem atualmente estão de algum modo ligadas, e de um modo que ainda não tinha considerado. Pode descobrir verdades dolorosas ou emoções perturbadores que ainda não tinha percebido que tinha – esta parte do processo não é agradável, mas vale a pena. Isto resulta numa nova perspetiva – sente-se mais sábio/a, mais forte, e mais capaz de se ver a si e ao mundo de uma forma clara e de agir de um modo eficaz. Provavelmente, sentir-se-á com mais paz interior e não gastará mais energia a lutar contra aquilo que nem sabe o que é.


O “feeling” da sessão – deve haver um equilíbrio entre desafio e conforto nas sessões. Ou seja, deve sentir-se respeitado/a e compreendido/a, mas também desafiado/a para olhar para as coisas de um modo diferente ou para tentar fazer coisas novas. As boas sessões não são, por vezes, necessariamente agradáveis, porque parte da psicoterapia envolve enfrentar e resolver estados internos negativos. Porém, as boas sessões tendem a ter momentos intrigantes e interessantes. Depois de uma boa sessão, deve sentir que aprendeu alguma coisa, ou que houve algum movimento emocional, ou que se sente comprometido/a de forma diferente com a sua vida, ou talvez tudo ao mesmo tempo.


Melhoria no humor entre as sessões – depois das sessões, vê-se a sentir as coisas de forma mais clara, mais decidida, mais esperançosa e mais saudável.


2. Siga os seus instintos


Se se sentir deslocado/a ou desconfortável com o estilo do seu psicólogo ou psicoterapeuta desde o primeiro encontro, talvez seja melhor procurar outro.


3. Fale com o seu psicoterapeuta sobre o progresso


Nos estudos feitos, a psicoterapia tende a mostrar resultados positivos mais tardiamente mas de forma mais robusta do que a medicação. Isto significa não só que os ganhos tidos em psicoterapia são duradouros mas também que em algumas formas de psicoterapia estes ganhos continuarão a aumentar mesmo depois de ter terminado a psicoterapia. No entanto, por vezes demora tempo para que os primeiros resultados apareçam. Não caia na armadilha de passar tanto tempo da psicoterapia a avaliar os resultados durante as primeiras sessões que se esquece de “estar” na psicoterapia. Obviamente, não pode continuar eternamente sem saber ao certo se o/a está a ajudar. Talvez queira perguntar ao seu psicoterapeuta quando será razoável avaliar o seu processo.

Devo falar ao psicólogo se alguma coisa me incomodar na sala ou no próprio psicólogo?

Sempre que algo o/a incomoda, irrita ou perturba deve falar com o seu psicólogo. Deste modo, ambos terão oportunidade para refletir sobre isso e perceber as razões para tal ocorrer.


Numa consulta de Psicologia são prescritos medicamentos?

Numa consulta de Psicologia nunca são receitados medicamentos. Se pretende ser medicado/a deverá consultar um médico.


O que devo fazer se não puder comparecer a uma sessão que já estava marcada?

Se não puder ir a uma sessão que já estava marcada deve avisar com uma antecedência pelo menos 48h, através do contacto habitual. Se não conseguir falar comigo diretamente, poderá deixar mensagem. Irei propor-lhe outra hora e outro dia para repor a sessão em falta. Se este procedimento não for feito com a devida antecedência, a sessão poderá ser cobrada.


Por que razão as psicoterapias são tão longas?

As psicoterapias podem ser bastante demoradas porque a mente humana não muda com facilidade e precisa de tempo para que isso ocorra.


Como é que eu sei quando deve terminar a Psicoterapia?

Boa pergunta. Por vezes, a resposta é óbvia: resolveu os problemas que o/a trouxeram à psicoterapia, vai mudar de morada ou acordaram que a psicoterapia duraria um certo número de sessões. Noutras ocasiões, a resposta é menos óbvia. Por exemplo, pode sentir que já não está a fazer o mesmo tipo de progresso de antigamente ou pode começar a dar maior prioridade a outras coisas. Fale com o seu psicoterapeuta se está a começar a questionar-se se deve ou não continuar a psicoterapia. Faça isto por duas razões:


1. O ritmo da psicoterapia: todas as formas de psicoterapia têm princípio, meio e fim. O seu psicólogo ou psicoterapeuta não poderá ajudá-lo/a a acabar a psicoterapia de uma forma ótima sem alguma discussão sobre acabar ou não a psicoterapia, e se sim, sem definir uma janela de tempo em que os dois possam concordar.


2. A sensatez da decisão: a psicoterapia tende a trabalhar os problemas mais difíceis da sua vida. O que torna estes problemas tão difíceis? Barreiras emocionais, barreiras cognitivas ou barreiras de julgamento, e/ou barreiras externas. 

Quando começa a explorar estes grandes problemas na sua vida, existe uma boa possibilidade que estas barreiras comecem a agir contra o processo terapêutico. Pode sentir-se impelido/a a deixar a psicoterapia exatamente quando é mais importante e mais relevante que não o faça. Fale com o seu psicólogo ou psicoterapeuta quando se sentir “antipsicoterapia”. Estes movimentos “antimudança” podem transformar-se numa oportunidade de ouro para avançar no processo. Como alternativa, pode decidir que está satisfeito/a com o seu progresso e pronto/a para abraçar outros desafios, ou que continuar será simplesmente demasiadamente difícil, e por isso faz sentido acabar por ali. No fundo, cabe-lhe a si decidir se os benefícios da psicoterapia ultrapassam os custos. O seu psicoterapeuta pode ajudá-lo/a a clarificar esta decisão, mas no final a decisão é sua.

As consultas de Psicologia e as sessões de Psicoterapia são confidenciais?

As leis protegem a confidencialidade das consultas de Psicologia e da Psicoterapia. Nenhuma informação será revelada sem a permissão registada do/a cliente. A confidencialidade é um aspecto fundamental para a relação terapêutica e essencial para que o processo psicoterapêutico funcione. O psicoterapeuta garante a privacidade do que é falado em consulta e nas sessões, com excepção de situações relacionadas com a existência de perigo imediato para a própria pessoa e/ou outras pessoas.

Nesse caso, a confidencialidade poderá não ser mantida pelo psicólogo. A intervenção psicoterapêutica é orientada por princípios éticos, definidos e apresentados no Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses, e exercida com competência, responsabilidade e integridade, procurando-se o bem-estar e o crescimento saudável da pessoa, no respeito pela sua privacidade, dignidade e unicidade.

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